Publicado em 17/10/2020, às 05h28 por Yulia Serra, Editora de conteúdo especializado | Filha de Suzimar e Leopoldo
O pai de Pietro e Lucas, Marco Viana, é advogado de formação e encontrou uma forma interessante de registrar as lembranças com os filhos desde os primeiros meses de vida. Há sete anos, ele anota, seja em um e-mail ou no próprio bloco de notas do celular, momentos em família que valem a pena ser relembrados. Confira de onde surgiu essa ideia e os desdobramentos dessa história, em 20 perguntas:
Para mim, é participar da vida da criança desde sempre, nos cuidados, higiene, vida escolar. Ser pai é estar realmente junto, ter tempo e tempo de qualidade para fazer parte da vida da criança.
Pra mim, está sendo excelente. Como trabalho fora, agora tenho a oportunidade de vê-los acordar, tomar café da manhã, ficamos mais tempo juntos e não só durante a noite, mas o dia também, porque entre uma reunião e outra consigo ficar com eles. Mas tem desafios também. Os dois se implicam muito, então acontece de estar no meio da reunião separando a briga. Mas o saldo é muito positivo.
Mudou com certeza. Especialmente na chegada do segundo. Eu tive uma oportunidade de crescimento na carreira, em que eu não agarrei para não perder tempo com ele. Eu sou o pai que gosta de dar banho, estar junto e o meu mais novo nasceu prematuro, precisava de ainda mais atenção. Eu já me sentia pai desde a primeira gravidez, em que perdemos um bebê, já nesse momento minha relação com o trabalho mudou.
Mudou bastante. É um processo muito interessante, porque nos ajuda a compreender melhor os nossos pais. Quando você tem filhos, liga uma chave de preocupação 24h por dia. De alguma forma, você fica mais grato à dedicação que os seus pais tiveram com você. Às vezes, até desculpar ou aceitar uma falta do seu pai, que percebe hoje foi por limitação de tempo ou recurso. Ser pai me ajudou a melhorar ainda mais a relação com os meus pais.
Eu e minha esposa nos conhecemos desde os 13 anos, mas quando fizemos 18 anos viramos amigos e 19 começamos a namorar. E desde que começamos a namorar, foi uma vontade muito comum entre nós ser pais. Eu tenho um irmão bem mais novo que eu e era metido a ser pai, mesmo quando ainda não era.
Foi bem desafiador. Ao decidir que era hora de engravidar, a gente engravidou e com 8 semanas perdemos o bebê. Ficamos muito inconformados na época e de tanto insistir por um exame, a obstetra fez o pedido em que descobrimos a alteração genética que poderia causar a trombofilia. Voltei para casa, pesquisei no Google e vimos tudo de pior. Passamos por uma fase muito ruim, até que conhecemos uma imunologista que trata isso e consideramos um anjo.
Ela nos deu confiança. Fizemos um tratamento em que minha esposa tinha que tomar injeção todos os dias. As duas gestações envolveram bastante preocupação.
Não sei (rs)… Quando a gente engravidou de novo, depois de perder um bebê, e a gravidez evoluiu veio um desespero louco: “E se eu morrer agora?”. Mandei uma mensagem para a empresa para saber quanto deixava de pensão para minha esposa, e insisti para um número. Eles me deram e eu pensei: “É muito pouco para minha mulher cuidar sozinha. Não posso morrer agora de jeito nenhum”. Isso vai ao encontro de ter um cuidado maior comigo, não só por mim, mas por ter duas pessoas que dependem de mim.
Foi mais difícil. O meu primeiro foi o centro das atenções da família toda, os avós paparicando, os pais também. Com a chegada do Lucas, quatro anos depois, tivemos muita preocupação com ciúmes. Usamos várias estratégias de falar enquanto estava na barriga, pedimos para o Pietro ajudar na escolha do nome… Mas mesmo assim eles disputam muita atenção, então complica nesse sentido. Administrar o tempo é um desafio, mas têm situações muito bacanas também, os dois se defendem muito para o resto do mundo.
Demais! Desde que a gente engravidou, eu escrevo para os meninos. Meu pai um belo dia me falou: “Quando sua mãe foi parir você, eu sabia que era menino, porque vi uma pipa voando”. Eu fiquei com isso na cabeça e pensei: “Se você não escreve, acaba esquecendo”. Então eu tinha mania de escrever e enviar para minha esposa ou salvar no rascunho do e-mail. Comecei a melhorar, escrever coisas mais completas sobre situações que aconteciam com os meninos e fiz uma rede social (@resenhadepai) para publicar as crônicas de forma despretensiosa. Muita gente passou a se identificar, então decidi escrever um livro.
Desde coisas que aconteceram no banho com eles, a palavra que os meus filhos trocam a sílaba, uma mudança de escola com o mais velho, até a formatura do fundamental. São esses casos do dia a dia, nada de extraordinário, mas que são engraçados e marcantes do ponto de vista do relacionamento.
No livro, eu acabei compilando as histórias que achei mais bacanas que escrevi no decorrer dos últimos oito anos, desde a gestação do Pietro. Não fiz mudanças no conteúdo, apenas dei uma roupagem melhor e consolidei em um lugar.
Os últimos dois meses têm sido bem diferentes por conta da pandemia. Eu moro no mesmo prédio que meus pais, então meus meninos gostam muito de ir na casa dos avós, nós temos esse costume. Nossa rede de apoio é muito boa, eles só não participam mais por limitação de força.
Esse é um assunto que tem me preocupado bastante, porque o meu mais velho está ligeiramente traumatizado e não quer mais sair de casa. Desde a segunda quinzena de março, nos trancamos e é um desafio gigante manter os meninos entretidos. No início, eles amavam, mas chegou uma hora em que estavam muito inquietos. Por isso, começamos a descer na garagem para andar de bicicleta, carrinho de rolimã… Então, hoje, nossa rotina todo dia inclui umas duas horinhas em que descemos para alguma atividade. Essas brincadeiras fazem uma diferença brutal no dia deles e também ajudaram a desapegar do celular.
A dar valor ao momento de hoje. Quando entramos na fase adulta, ficamos pensando no futuro, o que vai ser daqui 10, 20, 30 anos, ou ficamos remoendo o passado e nos perdemos do agora. Posso até citar uma passagem com o meu filho, em que estávamos na cama e falei para ele: “Vamos sonhar que estamos viajando, na piscina…”, ele então virou e respondeu: “Pai, vamos sonhar que estamos aqui”. Eu sou um cara muito ansioso e eles me trazem para viver o presente.
Com certeza. A família é fundamental para conseguirmos passar por todos os processos. Tivemos um episódio recente que provou isso e foi muito bacana, porque acabou aprimorando o relacionamento das crianças com os avós. Foi bonito os meninos verem que têm um arsenal de pessoas que cuidam e amam eles no dia a dia.
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