Publicado em 15/04/2022, às 04h57 - Atualizado em 06/06/2022, às 09h03 por Cecilia Malavolta, filha de Iêda e Afonso
Mais comum em crianças, a dor de ouvido pode aparecer em uma ou ambas as orelhas e acomete toda a população, mas é muito mais comum em crianças. Ela pode ser causada por infecções por vírus, bactérias, fungos, lesões ou até mesmo problemas em outras regiões do corpo, como uma inflamação na garganta ou uma disfunção na ATM, articulação que liga os ossos da mandíbula ao crânio.
Ela costuma vir de uma hora para a outra e recebe destaque entre os motivos de visita ao pediatra e ao pronto-socorro. Para o diagnóstico, o otorrinolaringologista deve realizar uma otoscopia, em que é possível analisar se a membrana do tímpano está vermelha e se há pus no ouvido médio. Quando se trata de dor de ouvido em crianças, o pediatra é o médico indicado para cuidar desse problema.
A otite bacteriana é bem mais comum em crianças pequenas, entre 1 e 3 anos, por vários motivos: em primeiro lugar, as defesas do sangue vão aumentando nos primeiros anos de vida, o que torna os bebês um pouco mais vulneráveis. Segundo, as crianças têm mais contato com vírus e bactérias de outras crianças, especialmente em lugares mais fechados e com aglomeração, como escolas e brinquedotecas. Por fim, a anatomia do ouvido das crianças é mais propícia para a entrada de bactérias.
Fique atento aos sinais que seu filho dá. Muitas vezes, a criança ainda é muito pequena e não sabe comunicar que está com dor. No caso de bebês, o choro é a única maneira de avisar aos pais que há algo de errado, mas não é eficaz. Para saber se ele está com dor de ouvido, observe se ele:
É possível que o bebê tenha otite em função da posição da amamentação – por isso, é extremamente importante que a mãe tenha as informações necessárias sobre esse momento para que nem ela, nem o filho sejam prejudicados. Afinal, a amamentação é algo que se aprende – ninguém nasce sabendo e não é instintiva.
Durante a mamada, a mãe deve sempre estar sentada e nunca deitada, a criança deve estar semi-sentada, isso porque a tuba auditiva da criança de até 7 anos é mais curta e horizontalizada, facilitando o refluxo do leite para a tuba auditiva.
Muitas vezes o choro do bebê não é o suficiente para que os pais possam desconfiar da doença, por isso é preciso ficar atento aos sinais. O principal sintoma é a dor, mas como a criança pequena não sabe se referir a dor, ela poderá parar de mamar porque quando ela fizer a sucção, vai ter uma dor reflexa. A febre e a diarreia também são sintomas importantes já que a criança está passando por um processo infeccioso. Na otite média latente, por exemplo, a criança não terá febre, mas diarreia sem causa aparente.
Segundo o otorrinolaringologista Alexandre Colombini, De acordo com dados do Instituto Otovida, 8 a cada 10 crianças têm um episódio de dor até os seis anos de idade. Por conta das características anatômicas do ouvido, o risco de desenvolver uma otite chega a ser bem maior do que para um adulto. E, a partir de dezembro, as consultas chegam a triplicar e as causas costumam ser as mesmas: entupimento, dores constantes, sensação de água no ouvido e surdez temporária. Quando a água entra em contato com a cera, ocorre a hidratação extra, dando a sensação de estar cheio de líquido nos ouvidos.
Algumas medidas comumente realizadas pelos pais podem ser causa de dor de ouvido. Destaque para o uso excessivo de hastes flexíveis e para o hábito de levar o nariz com seringas cheias de soro fisiológico, com pressão. Nestes casos o jato forte de soro pode levar as bactérias através da tuba auditiva para o ouvido, que por sua vez pode causar otite. A “limpeza do nariz” deve ser feita com cuidado e com produtos desenvolvidos para este fim. Na dúvida, opte por não lavar o ouvido ou o nariz do seu filho.
A dor varia de uma criança para a outra. Enquanto algumas têm de fraca intensidade, outras sentem a dor em fortíssima magnitude. Portanto, não deixe de medicar o seu filho com analgésicos como paracetamol, ibuprofeno ou dipirona. Na suspeita de otite causada por bactérias, o tratamento deve ser feito com antibióticos, com início mais precoce possível. Na otite viral, o tratamento é apenas sintomático. Mas, lembre-se: consulte o seu médico de confiança para dar início ao tratamento do problema. Somente o especialista pode fazer o diagnóstico correto e cuidar do caso da melhor maneira.
Consultoria: Dr. Ulysses José Ribeiro, pai de Thais e Davi, otorrinolaringologista do Hospital São Luiz; Dr. Claudio Len, Médico do Departamento Materno-Infantil do Hospital Israelita Albert Einstein, pediatra, colunista da Pais&Filhos e pai de Silvia, Beatriz e Fernando; Dr. Alexandre Colombini, otorrinolaringologista.
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