Família

Mônica Benini fala sobre ser mãe: “A gente acha que sabe de tudo, mas na verdade não faz ideia”

Mônica Benini é mãe de Otto (Foto: Reprodução/ Instagram
Mônica Benini é mãe de Otto (Foto: Reprodução/ Instagram

Publicado em 14/02/2019, às 07h58 por Isabella Zacharias, Filha de Aldenisa e Carlos


Mônica Benini é mãe de Otto (Foto: Reprodução/ Instagram @monicabenini)

Dona de publicações inspiradoras sobre o universo materno no Instagram, Mônica é casada com o músico Junior Lima e é mãe de Otto, de 1 ano e 2 meses. Nas redes e no seu blog, ela faz questão de compartilhar algumas etapas e descobertas do desenvolvimento do filho.

A designer conversou exclusivamente com a Pais&Filhos durante um evento sobre homeopatia na Farmácia Boiron, em São Paulo, e contou num papo muito gostoso sobre a sua experiência e como se entregar de corpo e alma para Otto transformou a sua vida. Maternidade muda tudo mesmo!

P&F: Você sempre quis ser mãe?
MÔNICA BENINI: Sim! Quando eu era mais nova não sabia como seria, se eu ia casar e gerar um filho com o meu marido ou se iaadotar uma criança, mas eu sempre tive essa vontade. Esperei muito por isso, mas sem pressa, sem desespero. Acredito que uma coisa como essa tem que acontecer no tempo certo, não adianta ficar sofrendo, querendo acelerar.

P&F: E depois que esse momento certo aconteceu e o Otto chegou, como a maternidade mudou a sua vida?
MB: Nossa, completamente! Eu falo que existe a Mônica “antes do Otto” e a Mônica “depois do Otto”. A principal mudança que eu senti foi em relação às prioridades, nosso foco muda. O que antes eu julgava ser importante, perdeu totalmente a relevância. Você acaba sendo mais responsável pelos seus atos, porque você sabe que tem uma criança que aprende com o que você faz, não só o que você fala.

P&F: Você disse sobre a Mônica antes e depois de se tornar mãe. Como isso, da relação com você mesma, aconteceu pra você?
MB: Eu amadureci muito. Ao mesmo tempo que passei a ter menos tempo para cuidar de mim, acho que me transformei completamente. Gerar um filho é uma força muito potente. É algo totalmente natural e junto com uma mãe, nasce uma força interna. Eu costumo falar que depois de ter filho me sinto mais mulher, é diferente.

P&F Como foi essa mudança de mulher para mãe?
MB: Eu acho que já começa desde o momento que você descobre que está grávida. E é curioso, porque a gente acha que sabe o que está por vir, mas na verdade não faz ideia. É muito louco olhar e ver aquela coisa pequenininha que depende de você para tudo e que vai ser assim por muito tempo. Eu falo que nenhum projeto de vida é mais importante do que o meu filho.

P&F: E ele já te ensina alguma coisa?
MB: O principal é: “esteja aqui, agora”. As coisas pequenas são tão importantes para as crianças, que se você não estiver de corpo e alma presente, elas passam e você perde. Eu procuro ficar ao lado e com ele, dar uma freada no mundo lá fora.

Mônica disse que a principal coisa que Otto a ensina é: “esteja aqui, agora” (Foto: Reprodução / Instagram @monicabenini)

P&F: Como você concilia a vida profissional? Você tem uma rede de apoio?
MB: Nunca tive babá. Quando o Otto nasceu eu tinha a ilusão de que enquanto ele dormia eu ia conseguir trabalhar. Foi uma opção minha, mas estou percebendo que esse momento está chegando. No próximo ano eu quero me dedicar ao meu trabalho também.

P&F: E o sentimento de culpa, como fica?
MB: É impossível não sentir, mas tento trazer para o consciente e pensar para não carregar um peso muito maior do que o necessário. Porque se ele crescer achando que a mãe dele é perfeita, no futuro vai ter uma desilusão. É um equilíbrio.

P&F: Por que não ter babá ou enfermeira?
MB: Porque eu acredito muito na conexão que se gera e ao mesmo tempo acho muito empoderador você cuidar do seu filho. Quando você cuida, você aprende, e perde o medo. Nada é um mistério, porque você sabe como lidar. Acho que foi principalmente por isso. Foi uma doação, mas ao mesmo tempo foi um privilégio. A gente é muito conectado, tenho sorte do meu trabalho me permitir isso.

“Sou apaixonada por amamentar”, Mônica confessa (Foto: Reprodução / Instagram @monicabenini)

P&F: Você levanta muito a bandeira da amamentação. Como é esse momento de vocês?
MB: Sou muito apaixonada por amamentar, acho que é uma coisa muito incrível tanto na questão da conexão quanto da nutrição. É um momento tão maravilhoso… Sou suspeita pra falar!

P&F: E foi fácil para vocês?
MB: O começo foi muito difícil. Na primeira semana, ele mamava e eu chorava ao mesmo tempo. Mas eu queria muito, procurei uma consultora e deu tudo certo, conseguimos.

P&F: E como o Junior é como pai?
MB: É superpresente, superpaizão, é muito bonitinho. Eu sei que, principalmente no início, a história de o pai e o filho se conectarem diz muito respeito à mãe, então eu sempre tomei cuidado para que os dois fossem muito próximos e hoje em dia eles são grudados!

P&F: Ah, que graça. A gente acompanha vocês nas redes sociais e vimos a tatuagem que ele fez para o Otto, muito legal.
MB: Sim! É que o Otto tem uma coisa muito curiosa: o nome dele e a data de nascimento são escritas iguais, o que muda é o jeito, a posição de ler.

“Tomei muito cuidado para que os dois fossem muito próximos e hoje em dia eles são grudados”, diz Mônica sobre Junior e Otto (Foto: Reprodução Instagram / @juniorlima)

P&F: E foi sem querer?
MB: Totalmente! Até porque o nome dele foi escolhido através de um sonho. Um pouco antes da revelação da gravidez nós estávamos na Itália, bem na na fase de pensar nos nomes. No meio de uma viagem na Toscana o Junior virou e falou: “Eu sonhei com um nome, a gente estava andando de carro e tinham dois postes cheios de rococó, com luz em formato de bola. Aí as duas luzes saíram do lugar delas, foram para o lado dos postes e formaram o nome ‘Otto’!”. Quando ele terminou de contar, passamos por uma casa com dois postes iguais ao sonho dele. Fizemos até o retorno para ver de novo. A gente fala que foi o Otto que escolheu o nome dele e foi muito curioso porque ele começou a nascer no dia 30 de setembro, mas ele só nasceu mesmo no dia 1º de outubro.

Junior Lima faz tatuagem em homenagem ao filho Otto (Reprodução / Instagram)

P&F: Que demais! E como é a educação do Otto? Quais os valores que vocês procuram passar para ele?
MB:
A minha principal preocupação é passar bons valores e autonomia, então procuro deixá-lo bem livre no espaço dele. Tento sempre ler e me informar a respeito também, procuro que ele brinque de uma forma que aprenda ao mesmo tempo. Mas acho que a principal educação é dar muito amor, ensinar honestidade, respeito, educação, cuidado e empatia.

P&F: E como são esses brinquedos? Já vimos fotos dele brincando com uma cozinha de madeira, por exemplo. Como vocês tratam isso? Porque sabemos que existem muitos pais que passariam longe…
MB: Porque é brinquedo “de menina”, né? Eu não tenho isso e acho uma besteira enorme. O Otto esses dias ficou apaixonado por uma boneca e eu vou comprar uma boneca para ele. Eu acho que já está mais do que na hora desse machismo que existe na nossa sociedade acabar. A gente que é mulher sabe o quão maravilhoso é ter um homem que saiba cuidar de criança, cozinhar, fazer coisas que são tidas como “coisas de mulher”. Ele tem uma camiseta que falava “com uma mãe feminista eu não cresço machista”. E eu acho que é isso, eu me considero superfeminista e procuro criar meu filho para ser um homem o menos machista possível. Acho que esse é meu principal desafio e minha principal responsabilidade. Para mim não existe essa história de cor ou brinquedo “de menino” e “de menina”.

P&F: E esse gosto dele pelos brinquedos é natural?
MB: Sim, total! As pessoas tendem a achar que as coisas de menino têm que ser tudo azul, sabe? Lógico que o Otto ama muito carrinho, tudo que tem rodas ele fica enlouquecido! Mas ele também ama e se interessa por cozinha e boneca, por exemplo.

P&F: E quando ele crescer, provavelmente vai cozinhar e pode ter um filho, assim como mulheres também dirigirem. É nesse sentido, não é?
MB: Exatamente. E vai ser maravilhoso se ele souber cozinhar, está tudo certo! Ele vai ser um homem muito mais legal para a parceira ou parceiro que ele escolher ter, porque ele pode ser quem ele quiser.

Mônica falou sobre os brinquedos que Otto gosta e sobre os padrões de gênero (Foto: Reprodução / Instagram @monicabenini)

P&F: Muito legal, é isso mesmo! E para fechar, me diz: o que você espera para o futuro do Otto?
MB: Eu quero que ele seja uma pessoa extremamente feliz e muito realizado nas escolhas que fizer para o futuro dele, sejam elas quais forem. Quero que ele seja muito livre para escolher os caminhos que quiser e sem precisar se preocupar com pressão externa. Espero que ele seja muito feliz!

P&F: Para você, família é tudo?
MB: É tudo! Família é base, é fortaleza. Eu cresci muito próxima de todos os meus familiares e parentes, sempre fomos unidos. Hoje em dia, família para mim é o meu clã e o do Junior. Em casa tudo vira uma coisa só, essa unidade de família é algo muito importante, tanto para a gente quanto para os nossos filhos.

“Família para mim é o meu clã e o do Junior”, Mônica revela. (Foto: Reprodução / Instagram @monicabenini)

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