Sophie Charlotte afirma que maternidade a fez defender o aborto

Em entrevista ao Universa Uol, Sophie Charlotte falou que é defensora da liberdade de comportamento — as vontades devem ser realizadas, desde que todo mundo fique feliz. A atriz de 33 anos de idade, é mãe de Otto, de 7 anos, fruto do seu casamento com o também ator Daniel de Oliveira.

A atriz conta que se descobriu mulher após o nascimento do filho. “Parir é uma explosão de amor e poder. O nascimento do Otto me transformou como atriz, mas também como pensadora sobre a minha existência, sobre a vida das mulheres e o poder que a mulher precisa e merece ter sobre o corpo”, explica.

Ao ser perguntada sobre a maternidade, Sophie afirma que tem uma relação boa com ela. “Para mim, a maternidade é feliz. É uma parte importante do que sou. Mas só entendi a importância dessa escolha quando fui mãe. Foi quando compreendi —sem um viés moralista e religioso— como precisamos lutar pelo direito ao aborto e às decisões sobre nosso corpo. Dizer que você só vai se sentir mulher se tiver filhos é uma falácia”, afirma.

Ela também diz que em sua casa, as tarefas de educação do filho são bem divididas. “Não tem uma divisão determinada. É circunstancial. Quanto mais coletivo, melhor. Deve-se ter uma comunidade preocupada em ajudar a conduzir ou ser conduzido pelas crianças. Acredito que as crianças são seres iluminados e aprendo com meu filho. Não tento impor, mas compreender as necessidades dele. Também luto para dar uma criação feminista para um menino de sete anos”, finaliza.

Parto

Sophie falou um pouco sobre o parto normal e em casa que teve em uma live junto com a atriz Nathalia Dill. As duas são amigas há anos e, agora que Nathalia está a espera do primeiro filho, as famosas se juntaram em uma transmissão ao vivo para trocar dicas sobre a maternidade.

Sophie surpreendeu Nathalia ao falar sobre o parto e contar que passou parte do trabalho de parto recebendo visitas! Pois é, como ela e o marido, o ator Daniel de Oliveira, tiveram o filho, Otto, de quatro anos, dentro de casa, alguns imprevistos aconteceram, entre eles, a visita do padrinho a atriz. Ele foi visitá-la durante o trabalho de parto e ela  precisou disfarçar que não estava tendo contrações.

Ainda sobre o parto, ela comentou que a decisão do nascimento em casa foi muito planejada e conversada entre ela e o marido.  “Eu conversei muito com o Daniel, tudo que eu lia eu dividia com ele e a gente fez essa escolha juntos. Claro que quando começou não tinha como avisar a família porque todos iam ficar muito desesperados e as pessoas não tinham passado por esse processo comigo e a gente combinou que quando nascesse a gente ia contar a boa nova. Sábado de madrugada, eu dormindo comecei a sentir uma sensação estranha que não conhecia…eu dormindo pensei, gente isso não é dor de barriga…tô com contração! Será? Ai continuei dormindo e isso foi se intensificando lentamente ao longo do dia… Ai meu padrinho foi me visitar de surpresa, eu estava com 39 semanas, e eu disfarçando com contração no meio da conversa! Socorro!”, relembrou a famosa.

“Recebendo visita e disfarçando, meus enteados estavam em casa…foi crescendo aos poucos…foi indo…ai liguei pra Helo (enfermeiraobstetra) e ela falou, olha acho que se engrenar vai ser a noite. E foi o que aconteceu, 20:00 horas eu liguei para elas. E vieram duas enfermeiras obstétricas em casa e com o plano que se eu precisasse de uma remoção ir para o Hospital Leila Diniz que é um hospital que também tem um histórico bem importante de acompanhar parto que tem alguma questão”, continuou.

Felizmente tudo ocorreu bem e Sophie teve o parto como gostaria: em casa. . “O parto foi lindo, o expulsivo foi lindo…a gente tem uma relação esquisita com a dor na nossa sociedade, a dor de você ir na academia puxar um peso é aceita, mas a dor de você puxar seu filho para ir pro mundo, ai meu Deus! O parto é uma intensidade, por que eu falo isso? Porque nosso corpo produz os hormônios de euforia, entusiasmo, a gente consegue transpor os limites para uma coisa tão maravilhosa como o nascimento do filho. Na hora que o Otto nasceu foi muito forte porque ele nasceu, eu segurei e ele achou o caminho para o meu peito! Quando ele achou e encaixou no meu peito e começou a mamar imediatamente…e eu recebi acompanhamento para que não houvesse dor no meu processo de amamentação e realmente eu não senti dor”, contou.

Rede de apoio no puerpério

A chegada de um filho significa uma nova rotina, saiba como familiares e amigos podem te ajudar nesse processo: