Família negra sofre preconceito após adotar criança: “Me perguntam se sou a babá dele”
“Eu não vejo a família como sangue. Eu vejo a família como amor”, desabafou a mãe
A terapeuta Keia Jones-Baldwin e esposo, Richardo Baldwin, estavam analisando a possibilidade de adotarem crianças com idades próximas dos filhos adolescentes, mas viram as suas vidas mudarem quando conheceram Princeton dois anos atrás.
Princeton nasceu prematuro em julho de 2017 e o hospital ligou imediatamente para Keia com o objetivo do neném ter o primeiro contato após nascimento.”Meu supervisor de assistência social telefonou e disse: ‘Existe alguma maneira de você ir ao hospital e trazer conforto para o bebê?'”, disse Keia em entrevista para o portal Today.
Ele contou que a conexão que teve com a criança foi imediata e as visitas se tornaram diárias. Assim que Princeton recebeu alta do hospital, ele se mudou para a casa da família. De inicio, Princeton ficaria sob os cuidados de Keia e Richardo por apenas 3 meses, mas a família se apaixonou pelo garoto e decidiram adotá-lo. E o bebê ganhou de uma única vez 3 irmãos: Zariyah, Karleigh e Ayden.
Apesar de felizes, os passeios em família acabam gerando desconforto em outras pessoas. Isso porque, a família negra adotou um bebê loiro dos olhos claros! “As pessoas me perguntam, frequentemente, se eu sou a babá dele”, relatou a mãe.
Ela também relatou que já foi questionada do porquê não ter deixado uma família branca adotar o seu filho. Aliás, em duas ocasiões diferentes as pessoas ligaram à policia relatando que Keia teria sequestrado Princeton.
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