Publicado em 06/12/2018, às 11h35 - Atualizado em 30/01/2020, às 19h41 por Redação Pais&Filhos
Obs.: Os nomes das pessoas deste caso são fictícios a pedidos da família.
Um problema congênito impedia que Claudia realizasse o sonho de ser mãe: ela nasceu sem útero. Porém, a proeza de pesquisadores brasileiros permitiu que isso acontecesse.
Realizado pelo Hospital das Clínicas, Claudia foi submetida a um transplante de útero vindo de uma doadora falecida. Em outras partes do mundo, antes de Claudia, outros bebês já tinham nascido após uma gestação em úteros transplantados. O primeiro caso foi na Suécia, em 2013. Porém, todos os úteros foram doados por mulheres vivas.
Contudo, o transplante de um doador falecido é muito mais complexo. Aqui no Brasil, o órgão ficou sem receber oxigênio por 7 horas e 50 minutos. Quando o transplante é de alguém que está vivo, o tempo de transferência é de 3 horas, no máximo.
O médico que liderou a pesquisa, Dani Ejzenberg, do centro de reprodução humana da USP, disse que quando é usado um doador que já faleceu, não há risco de procedimento e o custo é menor. Porém, não é possível programar quando o órgão estará disponível. “Isso pode ocorrer num lugar diferente de onde está o receptor, então é preciso ter um esquema de comunicação, de captação. O tempo é maior. Mas podemos favorecer muito mais pessoas”, ele explica em entrevista à IstoÉ.
Conforme uma pesquisa feita no Hospital das Clínicas, é estimado de que 1 em cada 4 mil mulheres nasce sem o útero. Em São Paulo, se considerarmos as mulheres que estão em idade reprodutiva, cerca de 1.500 podem estar nessa condição.
A paciente passou por um processo de fertilização in vitro e, 7 meses depois do transplante, o embrião foi transferido para o útero. Para diminuir o risco de trombose, a ligação do órgão foi feita com duas artérias e quatro veias, melhorando o fluxo de sangue.
A gestação ocorreu normalmente e Gisele, filha de Claudia, nasceu completamente saudável: “Ela já está com quase 1 ano e está com desenvolvimento normal”, conta o médico. Depois do nascimento de Gisele, o útero foi retirado para que Claudia não precisasse tomar imunossupressores, medicamentos usados para evitar a rejeição do órgão transplantado.
Dani Ejzenberg afirma que se forem somados os casos de mulheres que precisaram retirar o útero por conta de um câncer ou, por exemplo, em uma cirurgia por mioma, é possível que elas se beneficiem com essa técnica.
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