Publicado em 27/02/2019, às 17h09 - Atualizado em 02/11/2021, às 06h55 por Rhaisa Trombini, Edileyne e Geraldo
Você tem uma farmácia particular na sua casa? Aquela caixa com vários remédios para as mais diversas situações, desde dor de cabeça até uma febre?Alguns desses medicamentos não precisam de receita médica e, apesar de liberados pela Anvisa, o uso deles deve se feito com cautela, principalmente quando se trata de crianças. Mesmo que seja importante ter alguns deles disponíveis em casa, o uso sem orientação médica pode trazer consequências.
Um estudo realizado pela Vidalink, pioneira no mercado de planos de medicamentos no Brasil e líder do segmento, analisou 310 mil pessoas que consumiram 4,5 milhões de caixas de medicamentos em 2018. Na faixa etária de 0 a 6 anos, totalizando 29.049 pessoas analisadas, os medicamentos mais consumidos foram:
– Fosfato de Prednisolonia – 9.448
– Amoxicilina – 7.824
– Dipirona Sódica – 7.776
– Ibuprofeno – 7.386
– Amoxicilina + Clavulanato de Potássio – 7.327
– Desloratadina – 5.513
– Cloreto de Sódio – 5.302
– Paracetamol – 5.279
– Fexofenadina – 4.645
– Azitromicina – 4.571
Como mãe, você provavelmente conhece esses medicamentos, ainda mais aqueles que não precisam de receita para comprar nas farmácias (dipirona, analgésico; ibuprofeno, dependendo da dose; cloreto de sódio; paracetamol). Eles são seus maiores aliados na hora de controlar uma febre ou uma cólica e é sempre bom ter alguns disponíveis em casa.
Mas até mesmo o uso desses medicamentos “comuns” podem trazer algumas consequências negativas para os seus filhos. “Toda medicação, independente se é comprada com ou sem receita, mesmo se for um remédio natural,vai ter um efeito, podendo ser bom ou ruim”, explica o médico e diretor Médico da Vidalink, Rafael Canineu, pai de Manuela, Samuel e Alice.
Segundo ele, o principal problema envolvendo a automedicação não é a frequência com que o medicamento é usado, mas sim se ele não for indicado por um médico. “Se você fez uma avaliação, o médico vai te avisar o que espera nos próximos dias e dar uma orientação para que a mãe e o pai tenham uma expectativa em relação ao uso daquele medicamento e os possíveis efeitos colaterais.”
Riscos
Um estudo realizado pelo Departamento de Prática de Saúde Pública – FSP/HSP analisou as fichas médicas de crianças de 0 a 15 anos que eram atendidas no Setor de Emergência Pediátrica de um hospital universitário em São Paulo.
Do total, 96 fichas selecionadas estavam relacionadas às reações adversas a medicamentos (RAM). 13 casos (0,06%) foram considerados erros de medicação (tentativas de suicídio, ingestão acidental, falta de adesão ao tratamento, entre outros) e 83 (0,36%) foram consideradas RAM’s. Os medicamentos mais ingeridos nesses casos foram antibacterianos para uso sistêmico (53,0%), vacinas (9,6%) e analgésicos (7,2%).
Com isso, podemos concluir a importância da orientação médica na hora de medicar seu filho. Mas sem estresse! Uma vez que você for orientada, se a mesma condição se manifestar de novo, você poderá administrar a mesma dose de acordo com as indicações do pediatra.
Você também deve ficar atenta ao aparecimento de sintomas que nunca tratou antes. Se medicar seu filho sem ter instruções médicas primeiro, você pode estar curando um sintoma, e não a doença. “Analgésico – dipirona, paracetamol, ibuprofeno – são comumente utilizados pela febre, dor e podem mascarar uma condição mais grave e demorar mais para um diagnóstico”, explicou dr. Rafael Canineu.
Segundo o especialista, toda criança tem febre, cólica, intestino mais solto e muita vezes o médico já indicou um remédio. Mas pode surgir algo que nunca aconteceu antes, que reque mais atenção”. Nesse caso, o médico vai checar se é uma inflamação ou infecção e receitar o remédio certo.
Cuidados
Para ter a sua farmácia em casa, além de checar com seu pediatra o uso certo de cada um, você deve se atentar às datas de validade. Um medicamento vencido pode ser muito perigoso e você não pode arriscar.
“Toda medicação prescrita precisa ter o início do tratamento, o meio e o fim, respeitando as particularidades de cada um, como não tomar em jejum, respeitando um horário. Por isso é perigoso usar medicação sem indicação médica”, explica o especialista.
Além disso, o medicamento não deve ser usado como primeiro recurso para tratar uma doença. Por exemplo, se seu filho tem febre, em vez de tomar um antitérmico, comece com uma compressa fria e deixe seu filho com roupas leves. “O remédio faz parte de um tratamento, mas precisa ser usado com critério, não isoladamente”, conclui o doutor Rafael Canineu.
Se a criança apresentar uma reação alérgica a algum tipo de medicação, o sintoma mais comum de aparecer são placas vermelhar no corpo todo, como urticárias. Em casos mais graves, pode levar a um choque anafilático, caracterizado por rouquidão da voz e falta de ar.
Segundo o Dr. Claudio, pediatra, pai de Fernando, Beatriz e Silvia e nosso superconsultor, em casos de intoxicação, às vezes, os sintomas podem nem aparecer. “Se a criança tomou um sonífero da mãe sem querer, os sintomas podem nem aparecer, então você precisa ficar de olho no que seu filho coloca na boca”, orienta.
Nos dois casos, a recomendação médica é ligar ou levar ao pediatra ou hospital para que possam tratar essa condição.
Leia também:
Bebê de 1 mês se engasga com remédio e é levado às pressas para o hospital
Estudo prova que ouvir a voz da mãe é melhor que remédio
Remédios e amamentação: saiba o que pode e o que não pode
Família
Anderson Leonardo, do Molejo, morre aos 51 anos de câncer
Bebês
Bebê de 1 ano come fast food todos os dias e bebe seis latas de Coca-Cola: "É difícil dizer não"
Bebês
180 nomes femininos diferentes: ideias de A a Z para você chamar a sua filha
Gravidez
Sintomas de gravidez: nos primeiros dias, que ninguém sabe, de menino e menina e muito mais
Bebês
Nomes americanos femininos: mais de 1000 opções diferentes para você se inspirar
Família
Ex-namorada de Anderson, do Molejo, fala sobre morte do cantor: "Arrasada"
Família
Mãe diz que se arrependeu de adotar filha após conseguir engravidar: "Nunca senti que ela era minha"
Bebês
Nomes japoneses femininos: 304 opções lindas para você conhecer