Publicado em 19/10/2020, às 10h37 - Atualizado em 19/03/2021, às 16h22 por Cinthia Jardim, filha de Luzinete e Marco
Os primeiros 1000 dias de nutrição, período que acontece desde a gravidez até os dois anos de idade das crianças, é conhecido ainda como “intervalo de ouro” pela tamanha importância no desenvolvimento infantil. Se a alimentação é desequilibrada durante esta fase, pode afetar o comprometimento cognitivo, baixo rendimento escolar, baixa imunidade, entre outros pontos.
A alfabetização alimentar, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) pode ser definida como: “um conjunto de competências cognitivas e sociais e a capacidade dos indivíduos para ganharem acesso, a compreenderem e a usarem informação de formas que promovam e mantenham boa saúde“.
Em uma conversa com a nutricionista e especialista em Medicina do Estilo de Vida pelo International Board of Lifestyle Medicine, Dra Carolina Pimentel, que também falou sobre o tema no Curso de Imersão 1000 Dias, realizado pela Danone Nutricia, tiramos as principais dúvidas sobre o assunto e os benefícios que a boa alimentação podem trazer a longo prazo.
De acordo com a nutricionista, a principal referência sobre o tema foi publicada em 2014, no periódico Appetite. “Alfabetização alimentar é a tradução do termo food literacy que se entende por um conjunto de conhecimentos, habilidades e comportamentos que possibilitam ao indivíduo planejar, gerenciar, selecionar, preparar e comer, atendendo as suas necessidades com qualidade na dieta e determinando o seu próprio consumo“, explica.
Ou seja, é a capacidade de tomar decisões, possibilitando que as pessoas possam ter o controle sobre a própria saúde, além da de procurar informações para assumir as responsabilidades. “Outros estudos verificaram ainda que os indivíduos com baixa literacia mostram-se mais resistentes em alterar os seus hábitos, por isso, uma alfabetização alimentar efetiva e precoce pode ajudar a conter a carga global de doenças crônicas, no que tange a adoção de uma alimentação equilibrada e saudável“.
De acordo com a UNESCO, a alfabetização é a base para outras oportunidades de aprendizagem. “É composta por habilidades que podem ser perdidas ao longo do tempo e, por isso, deve ser uma atividade contínua de aprendizagem, independentemente da idade. Os pais, professores, indústrias de alimentos e escolas devem prover informações e boas práticas sobre segurança alimentar e nutricional”, comenta a Dra Carolina Pimentel.
“Quanto mais educados formos em relação aos pilares do estilo de vida saudável, no caso, da nutrição, maiores as chances de mantermos saudáveis e longevos”. Contudo, esse processo a longo prazo pode trazer mais responsabilidade sobre o que comemos, poder de decisão no preparo das refeições e uma melhor compreensão da leitura e entendimento dos rótulos.
Não! Para uma adaptação, é necessário que a criança experimente, pelo menos, de oito a doze vezes o alimento. Mas, as causas das recusas podem ser diversas: “desde orgânicas, como infecções, carências de vitaminas e sais minerais, até causas comportamentais, como distúrbios emocionais nas crianças ou na dinâmica familiar, consistência inadequada da refeição, monotonia alimentar, horários inadequados entre sono/escola e alimentação, entre outros”.
Nas causas de inapetência, é preciso identificar a idade da criança e a fase de desenvolvimento que ela se encontra: “É bastante comum que as crianças, ao final do primeiro ano de vida e ao longo do segundo ano de vida, diminuam o interesse e a quantidade ingerida dos alimentos, em virtude, principalmente, da diminuição da velocidade do crescimento nessa fase. Nessa fase também, a criança substitui o interesse pelo alimento para as demais descobertas ao seu redor e começa a desenvolver habilidades de autonomia para se alimentar”.
Com algumas dicas de ouro, é possível passar pela fase da melhor maneira possível. “É importante tentar variar a maneira que você prepara o mesmo alimento. Por exemplo: a cenoura pode ser servida em palitinhos cozida no vapor, ou em forma de purê, ou ralada na omelete, ou em cubinhos cozida junto com a carne moída”, explica a nutricionista.
“O importante é ofertar alimentos nutricionalmente adequados, ou seja, com qualidade a criança, pois a quantidade a criança sempre define, uma vez que eles têm o mecanismo de regulação de saciedade muito bem definidos, sabem exatamente o quanto precisam, por isso não devemos forçar ou insistir ou mesmo chantagear”, completa.
“A seletividade alimentar pode ser caracterizada por comportamentos que incluem recusa alimentar, pouco apetite, desinteresse pelo alimento, e o mais característico, um consumo alimentar altamente limitado e extrema resistência em experimentar novos alimentos, normalmente ocorre antes dos 6 anos. Além disso, é importante observar sinais como dificuldade no ganho de peso ou perda de peso considerável nos meses que antecedem”.
O problema pode estar ainda interligado com o comportamento e ansiedade dos familiares, que usam a técnica de ofertar alimentos de baixo valor nutritivo e elevado valor calórico como “recompensa” para agradar a criança. “Portanto, é importante compreender que as crianças possuem variações de apetite, relacionadas sobretudo à velocidade de crescimento, tendo assim, períodos que apresentam uma redução fisiológica normal do apetite”.
Para passar por isso, a Dra Carolina Pimentel dá as seguintes dicas:
Durante o processo da alfabetização alimentar, é necessário ainda muita calma e paciência com as crianças que estão na fase do desenvolvimento. “Atitudes como forçar a criança a comer, experimentar algo novo ou mesmo insistir na quantidade que ela deve comer, só irá reforçar um comportamento inadequado para a criança e um instinto de repulsa pelos alimentos”.
Se apesar do esforço as tentativas não darem certo, é importante buscar por ajuda profissional, para indicar suplementação via oral, se necessário, e garantir ainda todo o aporte de nutrientes para a criança.
Não adianta incentivar algo que não fazemos. “é importante fazer com que a alimentação saudável e a atividade física diária sejam algo comum na rotina familiar”, comenta. “Um estudo conduzido no Brasil, avaliando 164 crianças na faixa etária entre 6 e 10 anos e familiares ou responsáveis pela alimentação, encontrou que a maior parte das crianças que apresentaram excesso de peso, totalizando 56 crianças, também possuía seu responsável com excesso de peso (82,1%)”.
Portanto, dar o exemplo pode ser a melhor alternativa para criar hábitos saudáveis a longo prazo. “Os cuidadores atuam como poderosos agentes de socialização. Além de possuírem o papel de selecionar os alimentos, eles servem de modelos de alimentação que as crianças aprendem a imitar”, conclui.
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